Inflação e desemprego afetam economia mundial, para Strauss-Kahn.
"Crescimento continua sendo inferior a potencial nos países desenvolvidos."
Primeiro-ministro de Cingapura, Lee Hsien Loong (E), encontra o diretor-geral do FMI, Dominique Strauss-Kahn, em Istana, Cingapura. |
"O crescimento nas economias com amplos déficits externos, como os Estados Unidos, ainda é guiado pela demanda doméstica. E o crescimento em economias com amplos superávits externos, como China e Alemanha, ainda está sengo guiado pelas exportações."
Strauss-Kahn disse ver dois desequilíbrios perigosos, afirmou , em referência às divergências comerciais entre os países e às brechas entre renda e alta taxa de desemprego em algumas nações.
"O crescimento continua sendo inferior a seu potencial nos países desenvolvidos, enquanto os países emergentes e em desenvolvimento crescem muito mais rápido. Alguns inclusive podem sofre um superaquecimento".
Como exemplo, o francês citou o fato de o desemprego ser um dos fatores da agitação política na Tunísia e do aumento das tensões sociais em outros países.
"À medida que aumentam as tensões entre os países, poderíamos ver um aumento do protecionismo comercial e financeiro", disse Strauss-Kahn. "E à medida que aumentam as tensões dos países, poderíamos ver um aumento da instabilidade social e política nas nações. Inclusive a guerra", concluiu.