Uma das preocupações é não comprometer consolidação da classe média.
Ministro lembrou que há um processo inflacionário em todo o mundo.
Gilberto Carvalho, em foto de arquivo |
Em entrevista à "Agência Brasil", Carvalho destacou que uma das preocupações da área econômica é evitar que o avanço recente da inflação comprometa as conquistas da chamada "nova classe média brasileira", que ainda não estaria consolidada. "Por isso, as medidas prudenciais que estamos tomando, para não haver esse desequilíbrio que leve a uma recessão nesse momento, o que levaria de novo ao desemprego", afirmou o ministro.
Além de citar a inflação, Carvalho destacou também o problema do câmbio apreciado, que tem afetado negativamente os exportadores. O ministro admitiu que ninguém pode ter "total segurança" que as ações adotadas até agora terão resultado, lembrando que há um processo inflacionário em todo o mundo. Porém, afirmou que a situação "está sendo conduzida com muita prudência pela presidenta Dilma Roussef, junto com o ministro Guido Mantega, da Fazenda, junto com o Alexandre Tombini, presidente do Banco Central".
Nesse contexto, Carvalho afirmou que a preocupação do governo é o de manter um ambiente de crescimento econômico com distribuição de renda. "O importante é não termos um crescimento espetacular, e sim um crescimento mediano, para nos próximos anos retomarmos um crescimento nessa faixa de 4% a 5%, que nos parece bastante adequado depois do salto que nós demos", afirmou.