Gabrielli disse que alta pode ocorrer caso preço do petróleo continue igual.
'Se ficar nesse nível que está hoje, vai ter que alterar', disse.
"Se ele ficar nesse nível que ele está hoje, estável nesse nível, você vai ter que alterar porque nós estávamos trabalhando com US$ 65, US$ 85 dólares [por barril]", disse.
Na segunda (11), o contrato para entrega em maio do barril em Nova York caiu US$ 2,87, para US$ 109,92. Em Londres, o Brent para maio fechou em US$ 123,98.
No último dia 6, o presidente da Petrobras afirmou que há a possibilidade de aumento. No mesmo dia, no entanto, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, negou que a gasolina vá subir.
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, já afirmou que o governo, controlador da Petrobras, resistirá ao aumento até quando for suportável.
Viagem à China e acordos
Junto com a presidente Dilma, Gabrielli participou de seminário com cerca de 300 empresários brasileiros e chineses em Pequim. Um dos objetivos da viagem e do encontro é aumentar o espaço das empresas brasileiras no mercado chinês.
Dilma e o presidente chinês, Hu Jintao |
"É bom que até agora o comércio seja petróleo, soja e minerais, mas não basta. O Brasil deseja somar valor agregado a suas exportações", afirmou a presidente.
Eles assinaram cerca de 20 acordos comerciais nas áreas de tecnologia, agricultura, esporte, educação e comércio.
Com a assinatura dos atos, foi criado o Centro Brasil-China de Pesquisa e Inovação em Nanotecnologia. Outro acordo se refere ao setor de defesa e estabelece intercâmbio de experiências em áreas como operações militares, tecnologia de defesa e instrução e treinamento militar. Há parcerias firmadas que abrangem o desenvolvimento da produção do bambu e a gestão de recursos hídricos, como controle de enchentes e combate à seca.
Segundo informações da BBC, o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, estima que a viagem da comitiva brasileira já tenha garantido acordos de US$ 1 bilhão. O ministro citou um investimento de US$ 300 milhões na cidade de Barreiras (BA) numa fábrica de processamento de soja e investimentos de US$ 300 milhões numa planta de produção de equipamentos de informação em Goiás.
Nos últimos dois anos, a China se tornou o principal destino das exportações brasileiras e o maior investidor no Brasil, postos que haviam sido ocupados nos últimos anos por Estados Unidos e Espanha. Os investimentos chineses estão centrados nas áreas de petróleo, tecnologia agrícola e produção de soja.